sexta-feira, 5 de agosto de 2011

CANÇÃO DO EXÍLIO








Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
(...)

O trecho de poema acima foi escrito, em 1843, por Gonlçalves Dias, grande literário Brasileiro, quando exilado em Portugal. As lembranças e imagens da terra natal floresciam na mente. Através delas, visitava o querido solo em que nasceu.

Belas lembranças Dias tinha de sua terra. Séculos depois, se ele fosse escrever o mesmo poema, qual seria a alusão que ele faria à terra natal? Seriam as "belas" imagens das queimadas e destruição das florestas? As do sofrimento das pobres vítimas do tráfico de animais silvestres? Dos rios poluídos, das vázeas e bosques devastados em prol do "progresso"? Do céu das cidades pintado pelas chaminés de indústrias e escapes de automóveis?

"Minha tinha palmeiras,
onde cantava o sabiá, (...)
Nosso céu tinha mais estrelas,
Nossas várzeas tinham mais flores,
Nossos bosques tinham mais vida, (...)"

Estamos matanto a Natureza. Não temos noção da riqueza que estamos perdendo com a Natureza que morre. Pior ainda, não temos noção que somos parte dela. E portanto, estamos morrendo com ela, e, perdendo a maior riqueza de todas: A VIDA.

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